segunda-feira, outubro 18, 2004

"Ser bicha não é ser uma paneleira"

As graçolas e a popularidade da criatura Withe Castle incorrem no risco de colocar um novo termo na boca dos Portugueses: bicha.
Numa altura em que os Gays são perante a opinião pública os novos "pretos", na sua busca crescente de aceitação e integração, vulgarizar a bicha pode ser pernicioso. Depois dos heteros, bis, homos e metrosexuais, eis a bicha como "uma atitude de vida glamorosa", subdividida por "Bichetes", "Bichérrimas" ou "Trixas".
A coisa promete criar confusão na cabeça dos menos esclareçidos e baralhar ainda mais o posicionamento social dos "desviantes".
Se a menção ao termo "bicha" é ainda motivo anedótico, alegrem-se as minorias (?): dentro de pouco tempo, qualquer alusão á bicha nada terá a ver com o foro sexual.
Uma vez absorvido o termo pela população e a sua conotação prejurativa lhe ser retirado, tudo será mais fácil. A acreditar no "Marechand", e não no Eng. Sousa Veloso que nos enganou anos a fio, ele afinal há cadeiras bichas, mulheres bichas, escravos bichas, homens bichas, suinos bichas, éguas bichas, papoilas bichas, etc. É um crescendo imparável de bichiçe!
E se pruridos havia em afirmar estar -se "no meio de uma bicha no banco", "parado numa bicha de trânsito" ou numa "ganda bicha do supermercado", não há mais que temer o uso do vernáculo.
Porque, graças ao Conde, a vida passou a ter mais elã, glamour, encharpes e purporina.
Viva a Tv rural!
Vivó Conde!
Vivá bicha!!! ...

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