segunda-feira, março 16, 2009

A família ideal















A minha estrutura nuclear é menos numerosa mas, por vezes, as confusões são iguais.
Os afectos, felizmente, também.
É assim mesmo: quando se gosta a sério, não há meios termos.
N
em na vida real, nem na tv.
Se os Walker fossem portugueses, tinham certamente o meu sangue.

O inferno (Português)

Um infeliz pecador morreu e foi parar à porta do inferno. Lá, um diabinho adjunto perguntou-lhe:
- Quer ir para o inferno português ou para o alemão?
O infeliz pergunta qual é a diferença.
- Bom, existe um muro que separa os dois infernos. No inferno português terá que comer uma lata de 20 kg de merda ao pequeno-almoço, ao almoço e ao jantar. Depois o diabo leva-o ao fogo infernal e, depois, irá dormir.
No alemão é igual, só que ao invés de uma lata de merda, terá que comer somente um pires.
O infeliz não pensou duas vezes e foi para o inferno alemão.
Chegando lá, reparou que estavam todos cabisbaixos e tristes.
Enquanto que do outro lado do muro, ouvia-se um som de farra, muitas gargalhadas, enfim, uma festa muito animada. Não se contendo, o infeliz sobe o muro e chama alguém.
- Hey, como é que vocês conseguem estar tão contentes?
Aqui o pessoal come um pires de merda e vive triste, enquanto vocês comem uma lata de 20 kg.
- Bom, é que aqui é Portugal.
Um dia falta a lata, no outro falta merda, no outro o diabo não vem, no outro é feriado, depois fazemos ponte e no outro dia, falta lenha para o fogo, e assim se vai andando.
E só festa....

quinta-feira, março 05, 2009

Who´ll watch - these - Watchmen?

Toda a gente.
Quem vai gostar?
- Fãs do "300";
- De filmes de acção e efeitos especiais.
Quem não vai?
- Quem leu a BD;
- Quem detesta filmes sem alma.
Os "Watchmen" de Snider é uma desilusão, mas compreensivel: misturar Alan Moore com pipocas e plateias e tornar comercialmente viável um projecto que não é de massas não auspicia nada de bom. A BD tem a sua leitura própria, os seus registos e os seus tempos. O cinema tem outros. Mistura-los é um erro. Insistir no erro é masoquismo e aproveitar a vaga de adaptações de super-heróis para meter esta obra ao barulho é suicídio. "Watchmen" corre o risco de não agradar a ninguém: nem ao publico que leu a história, nem àquele que a desconhece. E há outros factores a ter em conta: a violência explicita, alguns nus desnecessários (porque é que o Patrick Wilson mostra sempre o rabo em todos os filmes em que entra?) e acima de tudo, uma dificuldade de compreensão dos tempos da narrativa, onde nem a banda sonora ajuda (ouvir a Nena “colada” a Simon & Garfunkel é, no mínimo, confuso).
Na América, espera-se que o fim-de-semana traga bilheteiras elevadas a este longo "Video-clip", estilizado, cheio de referências populares e onde sobressai essencialmente o trabalho de dois actores (Rorschach & Comedian).

Espera-se também que supere o recorde de “Dark knight”, o que duvido desde já e, a acontecer, será de uma tremenda injustiça.
O cavaleiro das trevas, esse sim, acrescenta mais valias, tanto á nona como á sétima arte, e passou a ser o marco de referência no que toca a adaptações de sucesso da BD ao cinema.
"Who watches the Watchmen?"

Sinceramente ... “who cares?”.