quarta-feira, maio 30, 2007

Arte

Assina Banksy. Nunca foi fotografado. É inglês. Alguns desenhos seus apresentam temas políticos, outros estão simplesmente ali para entreter. Fora isto, não se sabe mais nada sobre este artista que tem a polícia de Londres à perna por espalhar grafittis pela cidade e que é adorado pelo público. Banksy não dá entrevistas mas recentemente a revista Wired conseguiu convencê-lo a falar um pouco sobre si.Começou na carreira como um “grafiter” alternativo. E por criar uma arte inteligente passou de artista marginalizado a artista famoso. Um quadro seu pode custar actualmente uma fortuna. Mas como não é o dinheiro que o move, está-se nas tintas. Foi convidado para fazer um comercial para a Nike e recusou. Prefere continuar a fazer arte polémica.
Há alguns anos entrou no American Museum of National History, em Nova Iorque, e discretamente colocou um de seus quadros na parede. Demorou bastante tempo até que descobrissem a brincadeira. Já fez a mesma coisa no British Museum e Natural History, ambos em Londres, e no Brooklyn Museum em Nova Iorque. Há uns meses pintou nove imagens na barreira do West Bank em Israel que mostram aquilo que existe supostamente do outro lado do muro.
Além de provocar no mundo real, Bansky também o faz no virtual. No seu site
www.banksy.co.uk leva a cabo mensalmente uma caça ao tesouro, na qual convida as pessoas a participar e a ganharem peças suas. Na Palestina, perto do West Bank, pintou a imagem de um rato numa pedra. Debaixo dela existia um papel com algo escrito. A primeira pessoa que enviasse um email para o site com a palavra que lá estava ganhava um desenho seu.
Nas Fnacs, existe um livro, completamente ignorado, sobre Bansky. É uma boa introdução ao trabalho do artista e custa perto de 14 euros. Vale até ao último cêntimo.
O site, esse é obrigatório e merece estar em quaisquer favoritos.







segunda-feira, maio 28, 2007

Outros heróis...


Search for the hero

Ver a série do momento é o equivalente televisivo de ler um bom Comic Book.
A premissa do novo trunfo da NBC é muito simples: de repente, em todo o mundo, várias pessoas descobrem que têm capacidades fora do comum. E mesmo sem se conhecerem, vão constatar, aos poucos, que o seus destinos estão inter-ligados.

"Heroes" mostra, de um jeito bastante acessível, como é que se transcende a mundaneidade sem que, para tal, seja requisito obrigatório um poder especial (como prova o amigo de Hiro Nakamura, qualquer um pode ser um herói, à sua maneira).
A coqueluche (ou o "geek") de serviço é indescutivelmente o japonês rechochudo, mas a galeria de benfeitores inclui, entre outros, personagens que voam, que têm dupla personalidade, que falam com máquinas, atravessam paredes, se auto-regeneram ou que até ouvem pensamentos.

Para os fiéis leitores da “nona arte”, há constantes piscadelas de olho e seduções matreiras: Peter Petrelli (personagem central) lembra Peter Parker; o vilão de serviço, na sua identidade civil, parece Clark Kent; o cientista da série tem o mesmo papel do professor Xavier. E as comparações continuam.

Mas há mais, muito mais BD por aqui: um dos consultores executivos da série é Jeph Loeb (escritor consagrado nos Comics) que convidou o seu habitual “partner in crime” Tim Sale (desenhador) para dar corpo ás pranchas de Isac Mendez, o pintor que vê o futuro.

Mais: o ancião Stan Lee faz uma “cameo” ao conduzir um autocarro e um empregado de loja chama-se Claremont, numa alusão ao mentor dos X-Men. De resto, a influência dos mutantes da Marvel na criação da série é demasiado óbvia, sobretudo quando alguém viaja para o futuro numa tentativa de tentar mudar o presente. A ideia não é nada mais do que a reciclagem da saga “Days of the future
present”, que posteriormente influênciou James Cameron no seu “Terminator".

Outras curiosidades: o pai do “time traveller” Hiro é na verdade, o seu pai na vida real e não é outro senão o Sr. Sulu da nave “Enterprise”.
De detalhe em detalhe, tudo aqui respira BD. Desde os planos de câmera, á estrutura narrativa dos episódios, passando pelo lettering do títulos de cada um deles. O resultado é bom e até mesmo quem já viu (leu) isto, acaba rendido.

Durante o verão, os heróis vão a banhos.

Em Setembro, retomam o fôlego para uma segunda época, na mesma altura em que será compliado o primeiro tomo em dvd.

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A moda do cartaz

Um ministro afirmou há dias que "a margem sul é um deserto" e vai daí, o protesto não tardou a surgir sob a forma de - espante-se! - um "Outdoor". A manobra foi inclusive, alocada a um animal vivo que permaneceu junto do reclame em Almada. Entretanto, pelas caixas de Mail, circulam já pérolas como esta.
E assim se vai entretendo um país há beira de uma anunciada greve geral.




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TV ratlesnakes


sexta-feira, maio 25, 2007

My Tunes

Todas para o "bailarico" ...
Chemical Brothers - Do it again
Justice - Dance
Hellogoodbye - Here (in my arms)
Klaxons - Golden skanks (remix)
Satelitte Party - Wish upon a dog star
Maroon 5 - Makes me wonder
Menos esta...
Rogue Wave - Eyes


You don´t know Jack ...











LOST
. Season 3 Final.














O fecho da terceira série, com um óbito e a antevisão de um futuro miserável, lembra que não há amor como o primeiro. Ou a primeira, neste caso.
Recorda-se a "Promo" da primeira temporada, assinada por David Lachapelle, em exclusivo para o "Chanel 4" do Reino Unido e com os Portishead por baixo.


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segunda-feira, maio 14, 2007

Love me do

Um bom genérico é meio caminho andado para se gostar (ou suscitar interesse) sobre o que vem a seguir.
Também neste campeonato, as séries de tv recentes continuam a bater aos pontos o cinema.
Desde a brilhante introdução de "Sete palmos" a "Carnival", passando por outros como "Nip Tuck" e "Donas de casa", há verdadeiras maravilhas que duram apenas uma fracção de segundos mas que enchem o olho.
Por esta altura, não é segredo para ninguém o meu recente vicio em séries televisivas e, pela primeira vez, o progressivo afastamento das salas de cinema, ditado em grande parte, por uma leque de ofertas pouco interessante mas sobretudo, pelo acréscimo de pipocas, ecrãs de telémóveis reluzentes e barulho de fundo nas salas.
Hoje estreia mais uma nova proposta no dvd lá de casa onde impera um civismo mais tradicional.
A série chama-se "Big Love" e tem uma premissa curiosa: abordar em 2000 a poligamia de uma forma original, centrando a história num casal onde não há uma, mas três esposas.
Também aqui há, novamente, a questão do genérico ...
E o que se pode esperar, senão o melhor, de uma série que começa com a maior música de sempre dos Beach Boys?

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sábado, maio 12, 2007

Spice up your life

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Lindstrom

Eis a Noruega a dar cartas na música outra vez.
"It's a Feedelity Affair", o álbum-estreia de Linstrom datado do final do ano passado, é do melhor que se fez em electrónica nos ultimos anos e pôe no mesmo saco House, Disco, Ambient, e outras referência e géneros mais ou menos evidentes.
Bom do principio ao fim (coisa rara nos dias de hoje) inclui pérolas como "Another station" - êxito do verãoo passado nos clubes de bom gosto e capaz ainda de ressuscita um defundo numa noite de ressaca; "There's a drink in my bedroom and i need a hot lady" - título comprido (e trocado) para 11 minutos suportados com a base de "I feel love" e ainda "I feel space", audível a qualquer hora, nas quatro estações do ano.
Se houvesse mais discos assim, e menos hype na Bjork, a vida era uma festa.

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quarta-feira, maio 09, 2007

A bela e os monstros










O novo filme do Hulk já tem data marcada: estreia no veraõ de 2008.

Edward Norton dará corpo ao gigante verde e Tim Roth ao Abominável.
Entre as duas aberrações verdes estará Liv Tyler na tarefa inglória de substituir Jennifer Connely como Betty Banner .












Pela mesma altura, chegará o segundo Batman.
Christian Bale regressa como Bruce Wayne, Maggie Gylenhall será Vicky Valle e Heath Ledger dará corpo ao joker.
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Á distância de um ano, aceitam-se prognósticos para o embate nas bilheteiras de dois dos principais franchisings dos Comics americanos.

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terça-feira, maio 08, 2007

... 7 palmos


quinta-feira, maio 03, 2007

Sue Ellen

Depois de ter assumido publicamente o seu problema de alcoolismo, em finais dos anos 80, Sue Ellen encontrou refúgio em Portugal num centro de reabilitação na serra de Sintra. Aí passou mais de 15 anos onde uma nova terapia de recuperação foi testada com sucesso pela primeira vez. Desenvolvida em cooperação com vários médicos, cientistas, músicos, djs e beat diggers de todo o mundo, esta nova abordagem ao problema do alcoolismo consiste em audições massivas de música disco e seus demais derivados.
Sue Ellen surpreendeu os próprios médicos ao começar a interessar-se por música de dança. Foi com naturalidade que inicia a sua carreira de dj´ing. O centro de recuperação deu por finalizado o seu trabalho: as expectativas foram superadas e concluiu que Sue Ellen tinha o seu lugar na sociedade. Sue Ellen sente-se bem em Portugal e decide adoptar a nacionalidade portuguesa. Começa a ser presença habitual nos principais clubs e discotecas do país, mas nunca esquecendo a sua responsabilidade social, ao promover mediaticamente a atenção para o problema do alcoolismo.
Paralelamente, desenvolve um trabalho de produção musical ao nível de re-edits a que carinhosamente apelida de Rehab. Heróis do Mar, Abba, Maria Bethânia, Manu Dibango, José Calvário, Mler if Dada, David Bowie e Né Ladeiras, foram alvo das suas deambulações, tendo como objectivo atingir aquilo que nem a física quântica consegue ainda explicar: o groove interminável.
A primeira apresentação ao vivo é hoje e prova dos nove é mais logo no Lux.

Á flôr da pele

Desde Setembro do ano passado que ando curioso com "Shortbus" que hoje chega finalmente ás salas portuguesas.
Do realizador de "Edwig" chega um tratado sobre o amor e a sexualidade, onde o sexo escapa à censura e não esbarra em moralismos. Sexo explícito e a rojos em Nova York, a cidade onde "todos vêem para ser perdoados".
Na ante-estreia, houve gente a sair nos primeiros 4 minutos. Os que aguentaram para além disso disfarçaram o incómodo das cenas de sexo explícito com de risadas e comentários despropositados.

Infelizmente, o filme, e parafraseando um dos seus personagens, não vai "além da pele". Mesmo assim, "Shortbus" é socialmente provocador e polémico e só isso já basta para o torna imperdível.

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quarta-feira, maio 02, 2007

American corpse

(mas porque é que não deixam o capitão América em paz ?... )


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Serviço público







Esta série, da autoria de António Barreto e realizada por Joana Pontes, é um retrato da sociedade portuguesa contemporânea e tenta responder às perguntas mais simples: Quem somos? Onde vivemos? Como trabalhamos? Que saúde, que educação e que justiça temos?
Para isso, recorre-se à comparação com o que éramos há três ou quatro décadas e sublinham-se especialmente as grandes mudanças ocorridas desde então.
É o mesmo país, mas os portugueses já não são os mesmos.
Mudámos muito, em pouco tempo. Podemos viver melhor ou não, mas vivemos de modo diferente.
São sete documentários, exibidos desde Março não canal 1 da RTP.
É um trabalho notável, desde a pesquisa á montagem, passando pela música original de Rodrigo Leão que será futuramente comercializada.
Também a série será reposta no final do ano, antes do seu lançamento em dvd.

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