segunda-feira, maio 30, 2005
Blue Monday
Foi o momento alto do primeiro concerto em Portugal dos New Order.
Apesar do histerismo mediático e das reviews ao concerto feitas para o umbigo por parte de quem as escreve, foi impossível não repara em falhas imperdoáveis para um grupo que se quer mítico.
Tecnicamente reinou a confusão: gravações fora de tempo, arranques em falso, uma demora injustificada entre temas ( presume-se para afinar teclados e play-back!), discórdias e guerras abertas de ego entre Peter Hook e Bernard Summers (um clássico!) em plena actuação, exortização de demónias on stage ( o tema "Krafty" foi berrado raivosamente, não cantado!), solos de guitarra de Hook despropositados e, como resposta, Summers a arrancar os auriculares . Birras que felizmente não se alongaram á totalidade dos noventa minutos .
O melhor momento veio mesmo no fim. Parondiando-se a si próprios, fecharam a actuação com o tema mais aguardado pelo público, mas na versão dos belgas 2manny Dj´s. "Can´t get blue monday out of my head" foi o delírio de uma assistência Teen que pouco ou nada conheçe sobre a importância ou extensa obra do grupo mas que delira com Kyle Minogue.
Para os outros, restaram outros mimos sob a forma de quatro temas dos Joy Division.
"Transmition", "she lost control", Love will tear us appart" e o hino que (ainda) é "Atmosphere" fizeram as delicias de outra geração que saudou também "Bizarre love triangle" e "True faith", entre outros.
Se é estranho ver o vivo "Atmosphere", tantos anos depois, mais estranho ainda foi o "merge" geracional que englobou cerca de vinte e seis mil pessoas. O raro estado de convergência de público e de catarse colectiva ( conforme registado há poucos dias nos Duran Duran) não se verificou aqui, pelo contrário, o fosso geracional ficou bem patente.
Ainda assim, embora com um delay de décadas, foi um momento histórico e único.
Somente porque talvez seja irrepetível ...
Apesar do histerismo mediático e das reviews ao concerto feitas para o umbigo por parte de quem as escreve, foi impossível não repara em falhas imperdoáveis para um grupo que se quer mítico.
Tecnicamente reinou a confusão: gravações fora de tempo, arranques em falso, uma demora injustificada entre temas ( presume-se para afinar teclados e play-back!), discórdias e guerras abertas de ego entre Peter Hook e Bernard Summers (um clássico!) em plena actuação, exortização de demónias on stage ( o tema "Krafty" foi berrado raivosamente, não cantado!), solos de guitarra de Hook despropositados e, como resposta, Summers a arrancar os auriculares . Birras que felizmente não se alongaram á totalidade dos noventa minutos .
O melhor momento veio mesmo no fim. Parondiando-se a si próprios, fecharam a actuação com o tema mais aguardado pelo público, mas na versão dos belgas 2manny Dj´s. "Can´t get blue monday out of my head" foi o delírio de uma assistência Teen que pouco ou nada conheçe sobre a importância ou extensa obra do grupo mas que delira com Kyle Minogue.
Para os outros, restaram outros mimos sob a forma de quatro temas dos Joy Division.
"Transmition", "she lost control", Love will tear us appart" e o hino que (ainda) é "Atmosphere" fizeram as delicias de outra geração que saudou também "Bizarre love triangle" e "True faith", entre outros.
Se é estranho ver o vivo "Atmosphere", tantos anos depois, mais estranho ainda foi o "merge" geracional que englobou cerca de vinte e seis mil pessoas. O raro estado de convergência de público e de catarse colectiva ( conforme registado há poucos dias nos Duran Duran) não se verificou aqui, pelo contrário, o fosso geracional ficou bem patente.
Ainda assim, embora com um delay de décadas, foi um momento histórico e único.
Somente porque talvez seja irrepetível ...