terça-feira, junho 06, 2006

O dia da besta(zinha)



O Marketing é uma coisa diabólica.
Aproveitando a data, alguém achou por bem refazer um clássico de 1976 e, trinta anos depois, relançar "O génio do mal".

A nova versão estreia hoje nas salas de cinema mundiais (coisa rara, esta de estreias á terça-feira...) porque a data assim o justifica (06/06/2006 = 666, "the number of the beast").
Coincidências de calendário e superstições á parte, o filme que não acrescenta rigorosamente nada ao original.
Coisa desnecessária, portanto, só justificada pela onda de novas versões que grassa no seio do cinema fantástico e que, de há uns anos para cá, insiste no "Ricycle" (the hills have eyes, texas chainsaw massacre, the fog, the wicker man, etc) numa manifesta crise de imaginação, incapaz de gerar novos produtos e acrescentar figuras fortes á já extensa galeria de monstros existente (Freddy, Jason, Leatherface, etc).
Quanto a este the "Omen", espera-se que a abordagem fique por aqui e que a habitual vontade de sequelas não se aplique.
É que há uns anos, e depois de esgotado o filão da trilogia, conseguiu-se até dar uma filha ao demónio num quarto (e sofrível) filme.
Um facto curioso neste novo take são as razões e os sinais inequivocos apresentados para o surgimento do apocalipse, ilustrados por diversos acontecimentos que assolaram a humanidade nos últimos tempos.
Na saga original, a criançinha diabólica evoluí no seio da política até chegar a presidente, sendo perfilhado, em dada altura, pelo próprio.
Á medida que cresce, conserva o mesmo ar blasé e tonto que terá na idade adulta.

O anti-cristo em 1976 era o Presidente da América .
Estamos em 2006.
Bush (filho) governa os destinos do mundo e tem o ar que se lhe conheçe.

Coincidência?

Comments:
O filme acaba com a criançinha de mão dada ao presidente dos EUA, no funeral do pai. (Quem é que dizia que não existêm coincidências!?)

Nada de novo, pouco interessante, 'boring' por vezes... mais valia terem ficado quietos.
 
;)
 
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