segunda-feira, julho 10, 2006


(Sia - "Breathe me")

Depois dos 11 minutos finais de "Sete palmos de terra", onde é impossível refrear as emoções, apeteçe dizer (tanto!) mas só se consegue sentir.
O nó na garganta persiste.
Pareçe que os intestinos estão a tentar digerir alguma coisa indigerível.
Apeteçe abraçar com força alguém que se ame e não largar.
Apeteçe uma longa caminhada, sem horas e sem destino, para tentar ordenar o turbilhão de pensamentos que se sucedem e atropelam.
Mas dormente, acaba-se por ficar sentado, sem fôlego, a olhar para o vazio, sem perceber o que fazer e sem ter a menor ideia para onde ir.
Como um orgasmo inesperado mas sereno, que sabemos nunca voltar a ter, mas que apeteçe repetir vezes sem conta, tantas quanto se ouve em loop uma música qualquer, que ganha força de repente, vinda do nada.
Em momentos assim, neste momento...
as palavras não valem nada.

Comments:
os fins sao inevitavelemete dolorosos - e' o corte repentino e total com a substancia que nos dava equilibrio...
 
Transbordas em cada sílaba...
 
Não há mesmo palavras...
 
Ouch...

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
...

De alguém que te ama, e não te larga, com muitas horas de caminhadas, sem destino..

Luv u!

(Gosto tanto desta música, há tanto tempo... :)
 
Nic -
Tens razão. Felizmente, e regra feral, segue-se sempre um começo. Nesta caso, não, mas o lugar fica cativo.

Charlie -
Tk u ...

Gonn -
... Não mesmo.

Ravenna -
I luv u 2 e o caminho sabe melhor sabendo-te lá.
Entre nós, as palavras serão sempre acessórias.
 
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