segunda-feira, setembro 18, 2006

Class of 86

Há dois meses atrás, tive um jantar com malta que não via á 20 anos e que fez parte da minha primeira experiência profissional. Mal sabiam que viriam a definir o rumo da minha vida.
Há 15 dias, um amigo da época decidiu rastrear-me o contacto e dar sinal de vida.
Há dois dias, a minha turma do liceu jantou passados vinte anos.
Não houve cerimónias ou constrangimentos, apena
s afectos foram genuínos.
Não houve espaço para invejas de adolescentes, despiques e desamores.
Por entre fotografias e memórias, percebemos que crescemos. Alguns têm filhos, outros estão separados, poucos continuam solteiros.
A vida e a sorte foram generosos com alguns, com outros não.

Há empregos que correm bem, outros nem por isso.
Nos momentos em que estivemos juntos, o tempo deixou de fazer sentido. Pertencemos uns aos outros novamente como se recuassemos até ao pátio da escola, no intervalo, á espera do toque.
Crescemos, mas não estamos diferentes.
Os anos passaram por nós, mas a essência continua lá.
Somos os mesmos putos, disfarçados de advogados e doutores, com a vida pelo meio.
Na época, existia um filme que abordava as "dores do crescimento" no seio de um grupo de amigos prestes a entrar na idade adulta.
Marcou-me na altura e é ainda hoje um filme de referência.

Como diz alguém próximo, "aos 30, é altura de regressar a casa".

Comments:
que lindo, adoro esses reencontros. eu tb já fui a um, mas de faculdade. já passaram uns anos tb, chiça-penico,que os anos passam a voar!
 
:)
Pois, o "time goes by (so slowly)" é só mesmo nas cantigas...
 
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