domingo, dezembro 10, 2006

É BOND ou não é?

O remake de "Casino Royal" volta a pôr os pés na terra depois da fasquia elevada pelos Budgets anteriores. Desiste de ameaças á escala planetária, abandona os mega-vilões, troca a guerra fria pelo tráfico de armas, prescinde de gadjects desenfreados e dá inclusive férias ás Bond girls, removendo-as até do genérico. No mesmo - e no filme, há apenas Bond (o primeiro Blonde) e só Bond: em fato de banho, de tronco ao léu, de Smoking, de tronco ao léu, de t-shirt, em pose, de tronco ao léu e a correr. Muito.
(quando a ideia ou a premissa do filme é débil, vende-se o homem e, a avaliar pela falta de ar e palpitações provocadas no(s) público(s) a que se destina, e também pelo Box-Office gerado, a aposta foi ganha ).
As eficazes sequências de acção mal chegam para sustentar um argumento débil e primário mas, de resto, o filme é um absoluto veículo de promoção a Daniel Craig, o novo agente 007 que, mesmo antes de o ser, já tinha a cabeça a prémio pela mesma gente que timidamente após a estreia, se calou, rendida ao actor britânico de 38 anos de olhos azuis (realçados no filme por camisas, céu e fundos de cenário) e de preparo físico invejável.

O registo do agente em bruto, por lapidar (ou simplesmente a postura de "bad boy") é muito semelhante á de Clive Owen (que chegou a estar na corrida para o papel) e o filme, tal como o actor que o sustenta, é bruto (mas sensível), sensual, crú, físico e provovador.
O novo Bond é, pois, um homem e um herói de e para os tempos modernos e Daniel Craig é responsável por revitalizar um franchising julgado morto e, contra todas as previsões, injectar novo sangue num ícone que ultimamente servia apenas para vender relógios e carros.

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Comments:
Ainda não vi, mas não vou perder.
Um dos motivos é ver como evoluìu Daniel Craig desde os remotos tempos em que fazia de amante de Francis Bacon, em "Love is the devil".
 
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