quarta-feira, dezembro 06, 2006
Como sou relativamente voraz, tenho uma relação intensa com os meus objectos de afecto.
Tornou-se mais moderada com a idade, é certo, mas não menos intensa.
Não fico parado muito tempo nem no desgosto nem na satisfação.
Sempre me posicionei mais nas soluções que nos problemas, daí a minha relação um bocado infantil com a desilusão.
Da mesma maneira que me entusiasmo facilmente com tudo o que é novo, com tudo o que é começar, o potêncial para a desilusão também é enorme porque a ilusão existe em força.
As pessoas, á medida que vão crescendo (ou envelhecendo), desiludem-se cada vez menos... porque se iludem cada vez menos. No entanto, uma desilusão aos 15 anos e uma desilusão aos 30 pesam de maneira diferente. Creio que é muito pior aos 30. Já se percebe naturalmente que há ciclos de vida que se fecham, pessoas que simplesmente se esgotam e que tudo tem o seu tempo.
Estranhamente, eu continuo a iludir-me, a ter os mesmos entusiasmos, a acreditar que as pessoas têm palavra e por aí fora.
Muita da gente que conheço "já entregou os pontos".
Há coisas que considero francamente imaturas, mas que vou mantendo no meu carácter. Porque perdê-las revela um conformismo perante a vida.
E isso, mesmo agora, é uma coisa que continua a não fazer sentido.
Tornou-se mais moderada com a idade, é certo, mas não menos intensa.
Não fico parado muito tempo nem no desgosto nem na satisfação.
Sempre me posicionei mais nas soluções que nos problemas, daí a minha relação um bocado infantil com a desilusão.
Da mesma maneira que me entusiasmo facilmente com tudo o que é novo, com tudo o que é começar, o potêncial para a desilusão também é enorme porque a ilusão existe em força.
As pessoas, á medida que vão crescendo (ou envelhecendo), desiludem-se cada vez menos... porque se iludem cada vez menos. No entanto, uma desilusão aos 15 anos e uma desilusão aos 30 pesam de maneira diferente. Creio que é muito pior aos 30. Já se percebe naturalmente que há ciclos de vida que se fecham, pessoas que simplesmente se esgotam e que tudo tem o seu tempo.
Estranhamente, eu continuo a iludir-me, a ter os mesmos entusiasmos, a acreditar que as pessoas têm palavra e por aí fora.
Muita da gente que conheço "já entregou os pontos".
Há coisas que considero francamente imaturas, mas que vou mantendo no meu carácter. Porque perdê-las revela um conformismo perante a vida.
E isso, mesmo agora, é uma coisa que continua a não fazer sentido.
Comments:
<< Home
Caro amigo
sou um blogger recente e ainda ando a vaguear na blogosfera.
Cheguei agora ao teu blog, e logo ao ver o teu perfil, me chamou a atenção referires "O principezinho"...
Comecei a ler os teus textos, e logo no primeiro, este, vi muita coisa que me interessava;adiei a leitura e fui espreitar o blog, lá para trás...
Gostei muito e voltei aqui a este post para o comentar.
Também eu, apesar de mais velho que tu, continuo a iludir-me...e a desiludir-me.
Talvez de uma forma menos intensa, para não doer tanto, mas não escapo, vivo intensamente alguns "castelos na areia", e depois lá vem o mar...
Vou continuar a ler-te, e espero que não te aborreças de acrescentar o teu blog na minha blogosfera.
Um abraço.
sou um blogger recente e ainda ando a vaguear na blogosfera.
Cheguei agora ao teu blog, e logo ao ver o teu perfil, me chamou a atenção referires "O principezinho"...
Comecei a ler os teus textos, e logo no primeiro, este, vi muita coisa que me interessava;adiei a leitura e fui espreitar o blog, lá para trás...
Gostei muito e voltei aqui a este post para o comentar.
Também eu, apesar de mais velho que tu, continuo a iludir-me...e a desiludir-me.
Talvez de uma forma menos intensa, para não doer tanto, mas não escapo, vivo intensamente alguns "castelos na areia", e depois lá vem o mar...
Vou continuar a ler-te, e espero que não te aborreças de acrescentar o teu blog na minha blogosfera.
Um abraço.
Olá, Pinguim.
Bem vindo á Blogosfera e obrigado por passares por cá e pelo teu comentário.
Sabes, a lição d´"O principezinho" é uma das coisas que a idade aprimora. É umas das minhas obras de referência e sê-lo-á sempre..
Passei a correr pelo teu espaço (regressarei para te lêr com mais calma) e gostei.
Retive-me no polvo á Lagareiro... é que fui a Peniche há uma semana atrás propositadamente para o saborear numa das tais esplanadas.
:)
Fica bem e cuidado com as ondas nos teus castelos.
Um abraço.
Enviar um comentário
Bem vindo á Blogosfera e obrigado por passares por cá e pelo teu comentário.
Sabes, a lição d´"O principezinho" é uma das coisas que a idade aprimora. É umas das minhas obras de referência e sê-lo-á sempre..
Passei a correr pelo teu espaço (regressarei para te lêr com mais calma) e gostei.
Retive-me no polvo á Lagareiro... é que fui a Peniche há uma semana atrás propositadamente para o saborear numa das tais esplanadas.
:)
Fica bem e cuidado com as ondas nos teus castelos.
Um abraço.
<< Home