sábado, setembro 30, 2006
Scissor Sisters
Ontem foi o Dia do Solteiro.
Domingo será o Dia do idoso.
"Entalada" entre as duas datas está a primeira festa LGBT anunciada publicamente em Lisboa.
A "LESBoa" começa hoje á noite em Alcântra e só acaba domingo de manhã.
Abarca solteiros, idosos, ninfetas, curiosos e por aí fora.
Ou seja, tudo ao molho e fé em Deus.
Do outro lado (do rio), lá estará o Cristo Rei.
De braços abertos...
e de mão atadas.
Domingo será o Dia do idoso.
"Entalada" entre as duas datas está a primeira festa LGBT anunciada publicamente em Lisboa.
A "LESBoa" começa hoje á noite em Alcântra e só acaba domingo de manhã.
Abarca solteiros, idosos, ninfetas, curiosos e por aí fora.
Ou seja, tudo ao molho e fé em Deus.
Do outro lado (do rio), lá estará o Cristo Rei.
De braços abertos...
e de mão atadas.
sexta-feira, setembro 29, 2006
"I married myself..."
terça-feira, setembro 26, 2006
5.5
É uma agradável surpresa e uma boa banda-sonora para o Outono.
"5.55", de Charlotte (a filha do mestre Serge) Gainsbourg é produzido por Nigel Godrich e tem músicas dos Air, letras dos mesmos e de Neil Hannon (Divine Comedy) e Jarvis Cocker (Pulp).
Não fosse a voz e podia quase ser o sucessor do irrepriensivel "Moon Safari".
"5.55", de Charlotte (a filha do mestre Serge) Gainsbourg é produzido por Nigel Godrich e tem músicas dos Air, letras dos mesmos e de Neil Hannon (Divine Comedy) e Jarvis Cocker (Pulp).
Não fosse a voz e podia quase ser o sucessor do irrepriensivel "Moon Safari".
Tragedy
Considerações á parte, e a avaliar pelo Top de vendas de discos em Portugal esta semana, uma certeza inegável:
a pirataria segue de vento em popa.
1 - "Floribella" - Flor
2 - "Acústico" - André Sardet
3 - "Este é o meu mundo" - Bébé Lilly
4 - "From this moment on" - Diana Krall
5 - "Mickael" - Mickael Carreira
6 - "Mi sangre" - Juanes
7 - "Baladas da minha vida" - José Cid
8 - "Paulo gonzo" - Paulo Gonzo
9 - "Uma vida de canções" - Paco Bandeira
10 - "Their greatest hits" - Bee Gees
P.S. :
- A "flor" já arrecadou 9 platinas, ou seja, vai com 200 mil discos vendidos.
- O "Gonzo" anda perto dos 40 mil discos e a "Lilly" já vai com 10 mil.
- O Victor Espadinha prepara um "Best of" para o Natal.
a pirataria segue de vento em popa.
1 - "Floribella" - Flor
2 - "Acústico" - André Sardet
3 - "Este é o meu mundo" - Bébé Lilly
4 - "From this moment on" - Diana Krall
5 - "Mickael" - Mickael Carreira
6 - "Mi sangre" - Juanes
7 - "Baladas da minha vida" - José Cid
8 - "Paulo gonzo" - Paulo Gonzo
9 - "Uma vida de canções" - Paco Bandeira
10 - "Their greatest hits" - Bee Gees
P.S. :
- A "flor" já arrecadou 9 platinas, ou seja, vai com 200 mil discos vendidos.
- O "Gonzo" anda perto dos 40 mil discos e a "Lilly" já vai com 10 mil.
- O Victor Espadinha prepara um "Best of" para o Natal.
Holding ou for a hero
Já era a série do momento, mesmo antes de o ser. Estreou ontem nos States e, fazendo jus á expectativa, bateu os recordes de audiência.
"Heroes" narra as aventuras de um grupo que acorda subitamente com superpoderes depois de um estanho eclipse. Nenhum deles se conhece (estão espalhados pelos quatro cantos do globo) mas a cada um é atribuido um poder distinto. Por quem, como e porquê é o que se irá descobrir a partir de agora .
Entretanto, e a acompanhar estes novos "heróis da tv", estará disponível semanalmente na Internet (logo após á exibição do episódio na televisão) um "Online Comic Book", escrito por argumentistas da série e também por nomes conceituados da BD.
Primeiro assiste-se ao episódio, depois faz-se o "Log In" para conhecer melhor cada personagem ou "ler" o episódio de forma mais detalhada graças ás "extended scenes".
Heróis ou Super-heróis, a escolha depende do "click".
"Heroes" narra as aventuras de um grupo que acorda subitamente com superpoderes depois de um estanho eclipse. Nenhum deles se conhece (estão espalhados pelos quatro cantos do globo) mas a cada um é atribuido um poder distinto. Por quem, como e porquê é o que se irá descobrir a partir de agora .
Entretanto, e a acompanhar estes novos "heróis da tv", estará disponível semanalmente na Internet (logo após á exibição do episódio na televisão) um "Online Comic Book", escrito por argumentistas da série e também por nomes conceituados da BD.
Primeiro assiste-se ao episódio, depois faz-se o "Log In" para conhecer melhor cada personagem ou "ler" o episódio de forma mais detalhada graças ás "extended scenes".
Heróis ou Super-heróis, a escolha depende do "click".
domingo, setembro 24, 2006
Waterworld
Dois filmes óptimos (em formato dois em um) para saudar o regresso da chuva no ínicio deste Outono e passar um domingo prazeroso no conforto do lar. Junte-se o brilhante "This world of water" dos New Musik como banda sonora e está a tarde feita.
O disco, de 1980, continua impecável e até tem um tema para aterrorizar o pequeno Nemo: "Dead fish (don´t swim home)".
Uma delícia...
O disco, de 1980, continua impecável e até tem um tema para aterrorizar o pequeno Nemo: "Dead fish (don´t swim home)".
Uma delícia...
Arrivederci
quinta-feira, setembro 21, 2006
Sex & the city
Para sentir a miséria, o desespero, o êxtase ou a paixão, convém perceber como se chega lá e o sexo, um dos denominadores comuns a todos estes estádios, pode ser a chave.
O realizador de "Edwig" apresenta um tratado sobre o amor e a sexualidade, onde o sexo escapa á censura e não esbarra em moralismos. Sexo explícito e a rojos na cidade onde "todos vêem para ser perdoados". Nova York, claro.
Quase duas horas chegam para perceber como é que se trilham os afectos num filme para ver, ás claras, numa sala escura de cinema.
Polémico. Provocador. Ímperdível.
O realizador de "Edwig" apresenta um tratado sobre o amor e a sexualidade, onde o sexo escapa á censura e não esbarra em moralismos. Sexo explícito e a rojos na cidade onde "todos vêem para ser perdoados". Nova York, claro.
Quase duas horas chegam para perceber como é que se trilham os afectos num filme para ver, ás claras, numa sala escura de cinema.
Polémico. Provocador. Ímperdível.
Politiquiçes ...
"O Diabo está em casa.
O Diabo passou por aqui ontem porque este lugar ainda
cheira a enxofre."
(Excerto do discurso de Hugo Chávez, apontando um dedo acusador a George W. Bush que discursou na véspera perante a Assembleia Geral da ONU, a decorrer em Nova Iorque).
O Diabo passou por aqui ontem porque este lugar ainda
cheira a enxofre."
(Excerto do discurso de Hugo Chávez, apontando um dedo acusador a George W. Bush que discursou na véspera perante a Assembleia Geral da ONU, a decorrer em Nova Iorque).
Demagogia política
Family wars
No mundo dos Comic books, o despique entre as duas principais concorrentes está ao rubro e a fasquia da originalidade joga-se no tudo-por-tudo. Com "timming´s" mais uma vez curiosos,a DC apresenta este mês o filho do homem-morcego e a Marvel remata com um descendente para o Wolverine.
Deste último, sabe-se pouco mas o rebento, embora ausente em destino incerto, promete ainda vir a dar que falar, até porque, consta, nutre dum ódio mortal pelo pai e (insinua-se) terá alguns poderes do mesmo.
Enquanto isso, e guerras familiares á parte, a "guerra civil" da Marvel continua de vento em popa.
Este mês, um falso Thor desiquilibra ainda mais a facção opositora ao registo obrigatório dos super-heróis, encabeçada pelo Capitão América.
A revelação da origem deste falso deus do trovão leva á ruptura do Quarteto Fantástico, não sem antes provocar mais mortes e feridos.
No final, o governo americano joga uma cartada suja (mas decisiva) contra os refractores ao colocar em cena os vilões, sob o comando do Homem de Ferro.
Esta guerra ainda vai a meio (faltam 3 meses para o final) mas a outra, entre a DC e a Marvel, nem tem previstas tréguas nem parece ter fim á vista .
Divas de estúdio
No seu segundo álbum, Jamelia usa um sampler de "Golden brown" dos Stranglers em "No more" e "Beware of the dog", um potêncial single, é construído em cima de "Personal Jesus" dos D.M.
Já a moçoila Paris, no seu disco-estreia, rouba "Grease" de Frankie Valli para "I want you" e o tema "Heartbeat arranca com contornos de "Get together", de "Madonna, mas depressa se transforma em "Cool", de Gwen Stefanni. A fechar o pacote, uma versão de "Do you think i´m sexyy?", de Rod Stewart.
A rétórica da pergunta tem alguma piada, já que, aparentemente nos tempos que correm, qualquer um pode sê-lo desde que tenha acesso a um bom estúdio. Com dinheiro e uma boa produção, fica resolvida a escassez de ideias porque, afinal de contas, um bom embrulho vale tudo.
A eficácia desta equação começa a ser preocupante.
Já a moçoila Paris, no seu disco-estreia, rouba "Grease" de Frankie Valli para "I want you" e o tema "Heartbeat arranca com contornos de "Get together", de "Madonna, mas depressa se transforma em "Cool", de Gwen Stefanni. A fechar o pacote, uma versão de "Do you think i´m sexyy?", de Rod Stewart.
A rétórica da pergunta tem alguma piada, já que, aparentemente nos tempos que correm, qualquer um pode sê-lo desde que tenha acesso a um bom estúdio. Com dinheiro e uma boa produção, fica resolvida a escassez de ideias porque, afinal de contas, um bom embrulho vale tudo.
A eficácia desta equação começa a ser preocupante.
Forever young
Ainda embalado pelo espírito dos "Eighties", dei de caras com um dos meus álbuns de então.
Datado de 84, "Stranger to stranger", o único registo destes quatro rapazes alemães, foi produzido por um dos colaboradores regulares dos Roxymusic e apresentava Pop Neo-romântica do melhor, despretenciosa e naífe, como de resto era hábito na época.
"State of the nation" foi o single de proa mas não foi ele quem animou as festas de quintal ou serviu de embalo á dôr-de-corno das paixonetas de veraneio ou de final de ano lectivo.
Anos depois, ao escutar temas como "Living alone for long", "What have i got to loose" e sobretudo "Romantic dreams", deve produzir-se ainda um qualquer "click" porque hoje, enquanto os escutava, alguém comentou que estava "com um sorriso tranquina." (calculo que deva ter recuado uns anos, sem dar conta).
Estranhamente, este disco mais ou menos obscuro, e que incorpora boa parte das minhas lembranças dos oitenta, ainda hoje não existe em CD.
Datado de 84, "Stranger to stranger", o único registo destes quatro rapazes alemães, foi produzido por um dos colaboradores regulares dos Roxymusic e apresentava Pop Neo-romântica do melhor, despretenciosa e naífe, como de resto era hábito na época.
"State of the nation" foi o single de proa mas não foi ele quem animou as festas de quintal ou serviu de embalo á dôr-de-corno das paixonetas de veraneio ou de final de ano lectivo.
Anos depois, ao escutar temas como "Living alone for long", "What have i got to loose" e sobretudo "Romantic dreams", deve produzir-se ainda um qualquer "click" porque hoje, enquanto os escutava, alguém comentou que estava "com um sorriso tranquina." (calculo que deva ter recuado uns anos, sem dar conta).
Estranhamente, este disco mais ou menos obscuro, e que incorpora boa parte das minhas lembranças dos oitenta, ainda hoje não existe em CD.
segunda-feira, setembro 18, 2006
The new Oldies
“Tu esqueces-te que não estás em Londres! ...”, remataram-me sabiamente na noite de sábado perante a indiferença do público a algumas músicas que tocava.
Eram temas novos, é certo, mas sempre funcionei por antecipação, força de afazeres profissionais e sobretudo por prazer pessoal. É pois natural o meu desfazamento face ao "grande público", como é igualmente natural que “teste” alguns temas nestas ocasiões.
Não funciono para o “umbigo”, nem mesmo aqui até porque não é (não deveria ser) possível: o feedback é imediato.
Aquando destas prestações, há algumas regras importantes que tenho em conta: o tipo de clientes e de casa, o dia, a hora e, sobretudo, os dois “tempos” da noite: a altura em que o público quer "dar" e a outra em que apenas quer "receber". Pode parecer complicado mas, intuitivamente, funciona.
Voltando á música, lembro-me de, há uns tempos atrás, estar já saturado do “Hung up” e de o ter de passarpor só então o estavam a descobrir. O mesmo aconteceu com o “Confortably numb”, com o “Slow” e com outros tantos temas.
Desde há uns tempos a esta parte, a confusão originada pela flutuação de públicos nos locais noctívagos é tal que se torna impossível estabelecer critérios. Quem gosta dos Pixies, de repente também baila com a Kylie Minogue e quem é fã do Herbert, também gravita em torno dos Strokes, da Beyonce e por aí fora.
Ilhas musicais á parte, a questão é outra: tal como acontece nas rádios lusas - aversas a novidades, a noite dos grandes centros urbanos não só se encontra na mesma, como está viciada em sequências clonados de sítio para sítio (é fácil identificar 3 ou 4 temas que se podem ouvir em 10 ou 20 espaços distintos na mesma noite).
Mesmo que se mude de poiso, a música é, pois, quase sempre igual, acabando invariavelmente por descaracterizar o espaços e não fidelizar a clientela, cada vez mais nómada.
Na noite de sábado, com uma mão cheia de discos novos, o entusiasmo voltou a esbarrar na indiferença de um séquito que teima em reagir apenas áquilo que já conhece.
Nestas alturas, quando os resultados não são os pretendidos, nada como um desbloqueador consensual. Ou seja, recuar até aos anos 80.
Basta um qualquer “Girls on film”, “Karma chameleon” ou “Tainted love” para levar uma casa ao rubro. Mas atenção: se mesmo dentro do vasto reportório dos "Eighties" for disparado um qualquer tema que não tenha sido massificado até á exaustão, a reacção é semelhante á de um tema nova, ou seja, nula.
Testei "In Loco" o “Ride on time”, dos Black Box que, para meu espanto, funcionou.
Já “Let the music play” e “Never again” passaram ao lado. Ninguém conheçe os Classic Noveaux e mesmo os Talk Talk só sobrevivem ainda á custa dos No Doubt.
Nem mesmo alguns singles mais recentes como o “Rude box”, que fazem actualmente furor na Europa, conseguem arrancar uma reacção da parte de quem dança. Este último lá passou atrelado a “Last night a DJ saved my life” “mas quando de seguida surge “Wanna be your lover” dos LaBionda, a desgraça não se faz esperar e os piores temores confirmam-se: ninguém conheçe.
Esta recente necessidade de, ao momento, adequar (e alterar) os Sets de um Disc Jockey por causa de um público que muda instantaneamente (e que clama invariavelmente por uma “oitentada”) não mata, mas acaba por moer.
Assim, também á noite, apostar em música nova é cada vez mais improdutivo, a não ser que se tenha á mão um “Tarzan boy” para, logo de seguida, redimir prontamente a heresia anterior.
É excusado, pois, forçar alguns projectos interessantes da actualidade como os Hot Chip, os Fish Go Deep ou o Mocky, entre outros.
Talvez daqui a uns tempos.
Resta apenas saber se a vontade, que actualmente já não é muita, ainda persiste.
Eram temas novos, é certo, mas sempre funcionei por antecipação, força de afazeres profissionais e sobretudo por prazer pessoal. É pois natural o meu desfazamento face ao "grande público", como é igualmente natural que “teste” alguns temas nestas ocasiões.
Não funciono para o “umbigo”, nem mesmo aqui até porque não é (não deveria ser) possível: o feedback é imediato.
Aquando destas prestações, há algumas regras importantes que tenho em conta: o tipo de clientes e de casa, o dia, a hora e, sobretudo, os dois “tempos” da noite: a altura em que o público quer "dar" e a outra em que apenas quer "receber". Pode parecer complicado mas, intuitivamente, funciona.
Voltando á música, lembro-me de, há uns tempos atrás, estar já saturado do “Hung up” e de o ter de passarpor só então o estavam a descobrir. O mesmo aconteceu com o “Confortably numb”, com o “Slow” e com outros tantos temas.
Desde há uns tempos a esta parte, a confusão originada pela flutuação de públicos nos locais noctívagos é tal que se torna impossível estabelecer critérios. Quem gosta dos Pixies, de repente também baila com a Kylie Minogue e quem é fã do Herbert, também gravita em torno dos Strokes, da Beyonce e por aí fora.
Ilhas musicais á parte, a questão é outra: tal como acontece nas rádios lusas - aversas a novidades, a noite dos grandes centros urbanos não só se encontra na mesma, como está viciada em sequências clonados de sítio para sítio (é fácil identificar 3 ou 4 temas que se podem ouvir em 10 ou 20 espaços distintos na mesma noite).
Mesmo que se mude de poiso, a música é, pois, quase sempre igual, acabando invariavelmente por descaracterizar o espaços e não fidelizar a clientela, cada vez mais nómada.
Na noite de sábado, com uma mão cheia de discos novos, o entusiasmo voltou a esbarrar na indiferença de um séquito que teima em reagir apenas áquilo que já conhece.
Nestas alturas, quando os resultados não são os pretendidos, nada como um desbloqueador consensual. Ou seja, recuar até aos anos 80.
Basta um qualquer “Girls on film”, “Karma chameleon” ou “Tainted love” para levar uma casa ao rubro. Mas atenção: se mesmo dentro do vasto reportório dos "Eighties" for disparado um qualquer tema que não tenha sido massificado até á exaustão, a reacção é semelhante á de um tema nova, ou seja, nula.
Testei "In Loco" o “Ride on time”, dos Black Box que, para meu espanto, funcionou.
Já “Let the music play” e “Never again” passaram ao lado. Ninguém conheçe os Classic Noveaux e mesmo os Talk Talk só sobrevivem ainda á custa dos No Doubt.
Nem mesmo alguns singles mais recentes como o “Rude box”, que fazem actualmente furor na Europa, conseguem arrancar uma reacção da parte de quem dança. Este último lá passou atrelado a “Last night a DJ saved my life” “mas quando de seguida surge “Wanna be your lover” dos LaBionda, a desgraça não se faz esperar e os piores temores confirmam-se: ninguém conheçe.
Esta recente necessidade de, ao momento, adequar (e alterar) os Sets de um Disc Jockey por causa de um público que muda instantaneamente (e que clama invariavelmente por uma “oitentada”) não mata, mas acaba por moer.
Assim, também á noite, apostar em música nova é cada vez mais improdutivo, a não ser que se tenha á mão um “Tarzan boy” para, logo de seguida, redimir prontamente a heresia anterior.
É excusado, pois, forçar alguns projectos interessantes da actualidade como os Hot Chip, os Fish Go Deep ou o Mocky, entre outros.
Talvez daqui a uns tempos.
Resta apenas saber se a vontade, que actualmente já não é muita, ainda persiste.
Train of thought
No jantar de turma, alguém se recordava de mim por causa deste máxi dos A-HA, comprado via importação na já extinta discoteca Bimotor do Rossio.
A pessoa em causa descobriu-o comigo, mas gostava mais do lado B.
E lembra-se também de o vinil, ás tantas, ter "empanado" com o sol e "ficado que nem uma panqueca".
Eu lembro-me apenas que me custou os olhos da cara e já nem sequer sei que fim teve o disco.
Memórias...
A pessoa em causa descobriu-o comigo, mas gostava mais do lado B.
E lembra-se também de o vinil, ás tantas, ter "empanado" com o sol e "ficado que nem uma panqueca".
Eu lembro-me apenas que me custou os olhos da cara e já nem sequer sei que fim teve o disco.
Memórias...
Class of 86
Há dois meses atrás, tive um jantar com malta que não via á 20 anos e que fez parte da minha primeira experiência profissional. Mal sabiam que viriam a definir o rumo da minha vida.
Há 15 dias, um amigo da época decidiu rastrear-me o contacto e dar sinal de vida.
Há dois dias, a minha turma do liceu jantou passados vinte anos.
Não houve cerimónias ou constrangimentos, apenas afectos foram genuínos.
Não houve espaço para invejas de adolescentes, despiques e desamores.
Por entre fotografias e memórias, percebemos que crescemos. Alguns têm filhos, outros estão separados, poucos continuam solteiros.
A vida e a sorte foram generosos com alguns, com outros não.
Há empregos que correm bem, outros nem por isso.
Nos momentos em que estivemos juntos, o tempo deixou de fazer sentido. Pertencemos uns aos outros novamente como se recuassemos até ao pátio da escola, no intervalo, á espera do toque.
Crescemos, mas não estamos diferentes.
Os anos passaram por nós, mas a essência continua lá.
Somos os mesmos putos, disfarçados de advogados e doutores, com a vida pelo meio.
Na época, existia um filme que abordava as "dores do crescimento" no seio de um grupo de amigos prestes a entrar na idade adulta.
Marcou-me na altura e é ainda hoje um filme de referência.
Como diz alguém próximo, "aos 30, é altura de regressar a casa".
Há 15 dias, um amigo da época decidiu rastrear-me o contacto e dar sinal de vida.
Há dois dias, a minha turma do liceu jantou passados vinte anos.
Não houve cerimónias ou constrangimentos, apenas afectos foram genuínos.
Não houve espaço para invejas de adolescentes, despiques e desamores.
Por entre fotografias e memórias, percebemos que crescemos. Alguns têm filhos, outros estão separados, poucos continuam solteiros.
A vida e a sorte foram generosos com alguns, com outros não.
Há empregos que correm bem, outros nem por isso.
Nos momentos em que estivemos juntos, o tempo deixou de fazer sentido. Pertencemos uns aos outros novamente como se recuassemos até ao pátio da escola, no intervalo, á espera do toque.
Crescemos, mas não estamos diferentes.
Os anos passaram por nós, mas a essência continua lá.
Somos os mesmos putos, disfarçados de advogados e doutores, com a vida pelo meio.
Na época, existia um filme que abordava as "dores do crescimento" no seio de um grupo de amigos prestes a entrar na idade adulta.
Marcou-me na altura e é ainda hoje um filme de referência.
Como diz alguém próximo, "aos 30, é altura de regressar a casa".
24
7.30) Acordar (duas horas antes do previsto).
9.00 ) Abandonar a “ronha”.
(desfazer a barba, pequeno-almoçar e folhear o novo semanário “Sol”).
12/16) Compromissos profissionais
(15mns de almoço pelo meio)
17.00) Hiper (encher a despensa e alombar com os sacos).
19.15) Tomar banho e mudar de roupa (rápido!).
20.00) Jantar da turma de liceu (após duas décadas depois).
23.00) Nova mudança de roupa (rápida!).
23.30) DJ´ing.
07.10) Regresso a casa.
07.30) Torradas & cama.
quarta-feira, setembro 13, 2006
Doom
Ser conhecido
...é um poder transitório, ter sucesso é um poder transitório - se é que há algum poder que não o seja. As pessoas aproximam-se por causa disso. Ás vezes, não se aproximam de nós, mas do nosso sucesso. Muitas vezes, fazem-no por puro deslumbramento, não para retirar benefícios próprios. Cria-se uma falsa relação, porque admiram uma parte de nós e não a globalidade.
Por isso, criam-se relações de equívoco, com bases e pressupostos errados.
Por isso, talvez seja preciso estreitar cada vez mais as relações ao máximo para nos resguardar-mos dos estatutos e da malfadada imagem.
Por isso, criam-se relações de equívoco, com bases e pressupostos errados.
Por isso, talvez seja preciso estreitar cada vez mais as relações ao máximo para nos resguardar-mos dos estatutos e da malfadada imagem.
Crocodile rock
Apesar de aparentemente toda a gente dançar ao som do single (é n.1 esta semana em Inglaterra), o segundo álbum da pandilha norte-americana consegue superar a tontaria de "I don´t feel like dancing". Ainda assim, não consegue é repetir a proeza do primeiro, oferecendo basicamente mais do mesmo: mais falsetes, mais trólaró em doses industriais, mais canções clonadas e agora, com as referências musicais prontamente identificadas, o efeito surpresa do anterior foi-se e metade da piada ficou pelo caminho.
Existem alguns temas interessantes, o booklet é simpático, a ideia de atribuir personagens a cada um dos temas também, mas a surpresa estampada no rosto dos personagens da capa deve ser entendido como "muita parra para pouca uva".
Infelizmente, a mais aguardada surpresa da reentrada discográfica não augura nada de bom para um ano de edições que ameaça terminar justamente como começou: na miséria.
Existem alguns temas interessantes, o booklet é simpático, a ideia de atribuir personagens a cada um dos temas também, mas a surpresa estampada no rosto dos personagens da capa deve ser entendido como "muita parra para pouca uva".
Infelizmente, a mais aguardada surpresa da reentrada discográfica não augura nada de bom para um ano de edições que ameaça terminar justamente como começou: na miséria.
sexta-feira, setembro 08, 2006
Let´s get dirty ?
As damas de negro voltaram de férias. Antes tivessem permanecido sossegadas, porque se perspectivam dias cinzentos com os belíssimos "tiros ao lado" que os novos álbuns representam (excepção para Missy com o seu "Best of").
No meio delas, há no entanto um senhor que já foi conhecido em tempos pelo puto laroca dos N´Sync e que agora, tal como elas, Nelly Furtado e a jovem Aguilera, se converteu ao prazer do "dirty pop".
"Sexyback" pode muito bem vir a ser um dos singles do ano (ao lado de "Maneater") mas há muito mais para descobrir em "futuresex/lovesounds".
É uma das boas surpresas da temporada e a foto de capa (do melhor) fala por si.
My Tunes
Keane - Nothing in my way
Beck - We dance alone
The Feeling - Sewn
Snow Patrol - Chasing cars (re-edit)
Muse - Starlight
Beck - We dance alone
The Feeling - Sewn
Snow Patrol - Chasing cars (re-edit)
Muse - Starlight
Menu familia feliz
A missão impossível dos fotógrafos mundiais chegou ao fim, com um dos maiores mistérios dos últimos tempos a ser finalmente desvendado: a bébé Cruise afinal existe.
Tudo sobre o rebento, este mês em exclusivo na americana Vanity Fair.
As fotos são de Anne Lebowitz e a baba dos papás só encontra paralelo no delicioso caldo que serve de base ás sopas chinesas.
A felicidade documentada aqui em papel ganha outra dimensão se folheada ao som de "Mais e mais amor", de Marco Paulo.
Tudo sobre o rebento, este mês em exclusivo na americana Vanity Fair.
As fotos são de Anne Lebowitz e a baba dos papás só encontra paralelo no delicioso caldo que serve de base ás sopas chinesas.
A felicidade documentada aqui em papel ganha outra dimensão se folheada ao som de "Mais e mais amor", de Marco Paulo.
What the...?!
Á esquerda, metade de uma sandes trincada pela Britney Spears num café. Á direita, um rolo de caranguejo mordido pelo marido desta, Kevin. O empregado de mesa apoderou-se dos restos, selou-os no vácuo e pô-los á venda numa espécie de Ebay australiano. Teve 43 licitações e amealhou 500 dólares. O vencedor, uma empresa de jogo Online, já detém uma amostra de saliva e de urina da cantora, pelo que não será de estranhar que tentem clonar a ninfa uma destes dias.
terça-feira, setembro 05, 2006
Enquanto em férias ...
O mundo das "estrelas" não parou de girar e a bizarria de afluir em grande estilo.
Num mês em que tradicionalmente nada acontece (á excepção dos habituais incêndios e outros flagelos recorrentes), o "showbizz" é uma fonte inesgotável de pequenas pérolas.
Em Agosto,
George O´Down, conhecido em tempos por "Boy", andou a limpar o lixo público como penalização por ter sido apanhado com Coca em casa...
O bailarino e pistoleiro Travolta lancou-se em novos vôos ...
o primeiro cócó da misteriosa bébé Cruise já foi imortalizado...
a portentosa Aretha Franklin continua a envelhecer em grande...
e a mega-estrela Steven Seagal pretende dedicar-se a uma nova carreira, a de guitarrista e cantor, tendo inclusive formado uma banda.
A afirmação do mês cabe á maravilhosa empreiteira Paris Hilton que, aos vinte anos, esbarrou numa estranha verdade:
"My mom told me that you get holes in your face, craters... from giving blow jobs."
Por cá, soube-se apenas que um senhor (Manuel dos Santos Simão, de seu nome) pagou 182 euros de IRS com dez mil moedas de um, dois e dez cêntimos, ou seja, vinte quilos de trocos, como forma de protesto por uma cobrança que considera injusta.
Temos homem!
Num mês em que tradicionalmente nada acontece (á excepção dos habituais incêndios e outros flagelos recorrentes), o "showbizz" é uma fonte inesgotável de pequenas pérolas.
Em Agosto,
George O´Down, conhecido em tempos por "Boy", andou a limpar o lixo público como penalização por ter sido apanhado com Coca em casa...
O bailarino e pistoleiro Travolta lancou-se em novos vôos ...
o primeiro cócó da misteriosa bébé Cruise já foi imortalizado...
a portentosa Aretha Franklin continua a envelhecer em grande...
e a mega-estrela Steven Seagal pretende dedicar-se a uma nova carreira, a de guitarrista e cantor, tendo inclusive formado uma banda.
A afirmação do mês cabe á maravilhosa empreiteira Paris Hilton que, aos vinte anos, esbarrou numa estranha verdade:
"My mom told me that you get holes in your face, craters... from giving blow jobs."
Por cá, soube-se apenas que um senhor (Manuel dos Santos Simão, de seu nome) pagou 182 euros de IRS com dez mil moedas de um, dois e dez cêntimos, ou seja, vinte quilos de trocos, como forma de protesto por uma cobrança que considera injusta.
Temos homem!