terça-feira, outubro 30, 2007
Cuts you up
sexta-feira, outubro 26, 2007
PredAlien
Parece um "Venom" manhoso, mas não: é um "PredAlien", mix de dois dos melhores conceitos da F.C. de sempre.
O nouvelle bicho está no "Alien vs Predator", segunda parte, a estrear em Janeiro.
A ideia deste "Requiem" é voltar aos ambientes negros e claustrofóbicos dos primeiros filmes e recuperar uma ideia da época: transformar a Terra num campo de batalha entre Aliens e Humanos (esta era, de resto, a ideia para o Aliens 3 original: o quarto levaria Ripley até ao planeta de origem do bicho para exterminar a espécie.). A esta premissa, junta-se agora o Predador, o que deve garantir á partida uma sequela bem mais interessante que o primeiro filme, um desastre de criativiade e um absoluto desperdicio de dinheiro e de tempo.
De resto, um PredAlien é sempre mais eficaz comercialmente do que a ideia de um "Alien Albino" deixada no ar no quarto filme...
O nouvelle bicho está no "Alien vs Predator", segunda parte, a estrear em Janeiro.
A ideia deste "Requiem" é voltar aos ambientes negros e claustrofóbicos dos primeiros filmes e recuperar uma ideia da época: transformar a Terra num campo de batalha entre Aliens e Humanos (esta era, de resto, a ideia para o Aliens 3 original: o quarto levaria Ripley até ao planeta de origem do bicho para exterminar a espécie.). A esta premissa, junta-se agora o Predador, o que deve garantir á partida uma sequela bem mais interessante que o primeiro filme, um desastre de criativiade e um absoluto desperdicio de dinheiro e de tempo.
De resto, um PredAlien é sempre mais eficaz comercialmente do que a ideia de um "Alien Albino" deixada no ar no quarto filme...
sexta-feira, outubro 19, 2007
Go to war!
Meine liebe ... (III)
Como não há duas sem três, enterrar-se a memória da Pop alemã com um video que reporta á época.
Este teledisco é a versão que as TV´s da altura proibiram por ser demasiado ousado. Em seu lugar, e na memória colectiva, ficará para sempre a imagem de uma cantora e da sua banda, numa prestação completamente insípida de uma música estranhamente pecaminosa e que rivalizava com outra do mesmo teor: "Self control", da defunta Laura Braninghan. Curiosamente, poucos meses depois, o vídeo desta última, ao lado de "Relax" dos Frankie goes to Hollywood e "Wild boys" dos Duran Duran, entrava por qualquer televisão dentro, pela Europa fora, subindo a fasquia da bandalheira.
Se a coisa tivesse ido para o ar nestes propósitos, teria vendido mais uns disquinhos além-fronteiras e humedecido mais uns tantos adolescentes. Mesmo assim, os cifrões que a pequerrucha amealhou garantiram-lhe anos gordos e descontraidos, tanto que serviram para o marido criar uma das maiores pragas musicais de sempre, aliando teclados aos cantos gregorianos.
Depois dela, tudo o que musicalmente saiu da Alemanha é o equivalente a um enlatado de pragas biblicas: Enigma, Scooter, Eifel 64, Crazy Frog, Tokyo Hotel, etc. Vale a pena enumerar mais? Não, ficamos pelos oitenta.
Aur revoir, Germany.
Este teledisco é a versão que as TV´s da altura proibiram por ser demasiado ousado. Em seu lugar, e na memória colectiva, ficará para sempre a imagem de uma cantora e da sua banda, numa prestação completamente insípida de uma música estranhamente pecaminosa e que rivalizava com outra do mesmo teor: "Self control", da defunta Laura Braninghan. Curiosamente, poucos meses depois, o vídeo desta última, ao lado de "Relax" dos Frankie goes to Hollywood e "Wild boys" dos Duran Duran, entrava por qualquer televisão dentro, pela Europa fora, subindo a fasquia da bandalheira.
Se a coisa tivesse ido para o ar nestes propósitos, teria vendido mais uns disquinhos além-fronteiras e humedecido mais uns tantos adolescentes. Mesmo assim, os cifrões que a pequerrucha amealhou garantiram-lhe anos gordos e descontraidos, tanto que serviram para o marido criar uma das maiores pragas musicais de sempre, aliando teclados aos cantos gregorianos.
Depois dela, tudo o que musicalmente saiu da Alemanha é o equivalente a um enlatado de pragas biblicas: Enigma, Scooter, Eifel 64, Crazy Frog, Tokyo Hotel, etc. Vale a pena enumerar mais? Não, ficamos pelos oitenta.
Aur revoir, Germany.
Meine liebe ... (II)
Ora pegando no texto de baixo, a Alemanha foi terra fértil em oitentadas: desde uns Kraftwerk ou Propaganda (menos acessíveis ao grande público), ás lamechices do Nino D´Angelo, passando pela Pop porreira do Peter Schiling, do Falco e dos Freur e Muncheneir Freiheit, á esquizofrania da Nina Hagen ou a clássicos instantâneos como “Da da da”, havia de tudo um pouco. Mas, por muito que estes nossos amigos nos oferecessem, nada (mas nada!) superava (ou superou)…Nena.
Nena (ooohh!) era o terror dos pais: as mães iam aos arames com o padrão do papel de parede lá de casa a ser religiosamente violado por um poster da diva e os pais olhavam com descrédito para as sebentas cujas capas exibiam o semblante do poderoso ser em toda a sua pujança. As professoras também não gostavam da Nena: as baldas, faltas de TPC´s e expulsões das salas de aulas acumulavam-se à custa de tanto desnorte em torno da divindade.
A derradeira gota de água chegou sob a forma de um poster (coisa bíblica de um metro e oitenta) que vinha todas as semanas, por partes, na única coisa que se lia na época: a "Bravo", revista pop alemã (yep!) e cartilha da mocidade. Mensalmente, também havia a "Popcorn". Tinha mais posters, era mais cara mas comprava-se na mesma. As raparigas lá andavam entretidas com a “Coquete" e a “Miúda” e nós esfregávamos o olho e líamos isto (quer dizer, ler não se lia: via-se, porque nada do que lá vinha era perceptível).
Quando a Nena, no alto do seu metro e oitenta, foi apresentada aos progenitores e ao papel de parede lá de casa, … bem, digamos que, da puberdade, houve quase um salto para a idade adulta.
Há coisa de dois anos, a Nena, agora mãe, ainda tentou regressar ao estrelato a meias com a inglesa Kim Wilde. Juntaram ambas a fome e a vontade de comer e regravaram um dos êxitos germânicos do segundo álbum da cantora. “Irgendwie, irgendwo, irgenwann” foi assim traduzido à letra e convertido internacionalmente em “Anyplace, anytime, anywhere”, uma barbárie auditiva e um atentado à memória visual de quem, ainda hoje, olha ternamente para os manuais escolares forrados a Nena.
Se não fosse público na época que a mulher andava enrolada com o baixista Rolf, decerto que teria continuado a alimentar a esperança de ir apanhar balões para a Alemanha. Quiçá, a minha vida não tivesse sido outra... Mas não. Fiquei por cá a apanhar os balões da Manuela Bravo e da revista "Bravo", rapidamente passei para outra, a "Smash Hits". A colonização inglesa viria a revelar-se a minha desgraça. Mas essas são outras histórias…
Aqui fica pois a majestosa Nena, em toda a sua plenitude: um impressionante monumento aos oitenta e o retrato fiel de uma época de ouro para as papelarias e de ódio vigoroso para os encarregados de educação.
(rapariga, tu vê lá: olha que se for preciso, ainda vou aí apanhar uns figos!)
Nena (ooohh!) era o terror dos pais: as mães iam aos arames com o padrão do papel de parede lá de casa a ser religiosamente violado por um poster da diva e os pais olhavam com descrédito para as sebentas cujas capas exibiam o semblante do poderoso ser em toda a sua pujança. As professoras também não gostavam da Nena: as baldas, faltas de TPC´s e expulsões das salas de aulas acumulavam-se à custa de tanto desnorte em torno da divindade.
A derradeira gota de água chegou sob a forma de um poster (coisa bíblica de um metro e oitenta) que vinha todas as semanas, por partes, na única coisa que se lia na época: a "Bravo", revista pop alemã (yep!) e cartilha da mocidade. Mensalmente, também havia a "Popcorn". Tinha mais posters, era mais cara mas comprava-se na mesma. As raparigas lá andavam entretidas com a “Coquete" e a “Miúda” e nós esfregávamos o olho e líamos isto (quer dizer, ler não se lia: via-se, porque nada do que lá vinha era perceptível).
Quando a Nena, no alto do seu metro e oitenta, foi apresentada aos progenitores e ao papel de parede lá de casa, … bem, digamos que, da puberdade, houve quase um salto para a idade adulta.
Há coisa de dois anos, a Nena, agora mãe, ainda tentou regressar ao estrelato a meias com a inglesa Kim Wilde. Juntaram ambas a fome e a vontade de comer e regravaram um dos êxitos germânicos do segundo álbum da cantora. “Irgendwie, irgendwo, irgenwann” foi assim traduzido à letra e convertido internacionalmente em “Anyplace, anytime, anywhere”, uma barbárie auditiva e um atentado à memória visual de quem, ainda hoje, olha ternamente para os manuais escolares forrados a Nena.
Se não fosse público na época que a mulher andava enrolada com o baixista Rolf, decerto que teria continuado a alimentar a esperança de ir apanhar balões para a Alemanha. Quiçá, a minha vida não tivesse sido outra... Mas não. Fiquei por cá a apanhar os balões da Manuela Bravo e da revista "Bravo", rapidamente passei para outra, a "Smash Hits". A colonização inglesa viria a revelar-se a minha desgraça. Mas essas são outras histórias…
Aqui fica pois a majestosa Nena, em toda a sua plenitude: um impressionante monumento aos oitenta e o retrato fiel de uma época de ouro para as papelarias e de ódio vigoroso para os encarregados de educação.
(rapariga, tu vê lá: olha que se for preciso, ainda vou aí apanhar uns figos!)
Meine liebe ... (I)
A RFM é uma rádio, líder de audiências há anos.
Dá música essencialmente a quem ainda não esgotou o “Take my breath away”, a quem gosta de iniciar o dia a ouvir os Savage Garden e para quem um regresso a casa só faz sentido ao som do Richard Marx.
A M80 é outra rádio. Novata no mercado, existe apenas há alguns meses, tem o espectro musical mais alargado e funciona como uma espécie de Rádio Nostalgia, mas mais jovem. Apesar da curta existência, e a confiar nas mais recentes sondagens, já pisca o olho e faz cócegas à audiência da frequência jovem da emissora católica portuguesa. Vai daÍ, ofendida e atenta, a RFM decidiu promover uma série de festas ao longo do verão, escudando-se nos êxitos fáceis dos anos 80. Jogou pelo seguro e os bailaricos lá foram acontecendo, quase sempre pela linha de Cascais, o antro do seu sustento. Ontem o processo de angariação de ouvintes culminou no Budha-bar em Lisboa, repleto de mais uma congregação de nostálgicos que nunca deve ter conhecido uma festa de quintal na adolescência.
Curiosamente (ou não), e apesar dos diferentes públicos, a música é exatamente a mesma que se ouve nas festas temáticas do Porto e Bairro Alto, templos habituais do revivalismo urbano. Quer dizer isto dizer, muito simplesmente, que betos e freaks bailam todos ao som do mesmo.
Spooky!
Dos Duran Duran ao “Enola Gay”, do “Karma Chameleon” á Kim Wilde, das Doce á Donna Summer, passando pelos infalíveis "Footloose", "Streets of fire", Abelha Maia e D´Artacão, a aberrante ideia do “cabe lá tudo” só encontra paralelo nas secções temáticas de Dvd´s da Fnac ou num bom filme holandês para maiores de dezoito.
Nem nas docas, nem no bairro ou no Porto parecem ter existido alguma vez uns Spandau Ballet, Classix Noveaux, China Crisis ou até mesmo o bom do "Pátcholi".
A rapaziada que dá música ao povo insiste, preguiçosamente, em passar sempre o mesmo, num alinhamento enfadonho e previsível. Quem curte a coisa, pelos vistos, não se chateia lá muito e vai pulando frenéticamente, de braços no ar, até à exaustão (continua a ser impossivel encontrar uma qualquer festa dos anos 80 que não esteja à pinha).
Pessoal e profissionalmente, já dei para este peditório, o que não invalida que me irrite o bimbalhismo e espírito de carneirada associados a esta praga que teima em não arredar pé da cultura noctívaga (até no Lux já ouvi os Dead or Alive para desemperrar um enguiçado arranque de noite...).
Parece que em Portugal, e ao contrário do que aconteceu lá fora, o filão dos "eighties" não tem prazo de validade. Mas, e ao contrário do que aconteceu lá fora, uma das décadas mais interessantes da história musical (e da cultura Pop) esgota-se aqui ciclicamente em meia dúzia de nomes, vítima da ignorância de uns, pela qual pagam todos aqueles que continuam a acalentar a esperança de, um dia, no rádio ou na discoteca, voltarem a ouvir “o” tema que lhes marcou a adolescência.
Só volto a meter os pés numa festa dos anos 80 se alguém tiver a coragem de passar a Maria Armanda, o “Holiday rap”, uma tema menos óbvio da Sheena Easton ou quando se lembrarem de reabilitar os slows na pista de dança. Ou ainda, num caso extremo, se alguma alma se lembrar que os senhores abaixo existiram.
(estou disposto a pagar, se necessário, para voltar a ouvir este portento - este ou qualquer outro tema do álbúm).
Dá música essencialmente a quem ainda não esgotou o “Take my breath away”, a quem gosta de iniciar o dia a ouvir os Savage Garden e para quem um regresso a casa só faz sentido ao som do Richard Marx.
A M80 é outra rádio. Novata no mercado, existe apenas há alguns meses, tem o espectro musical mais alargado e funciona como uma espécie de Rádio Nostalgia, mas mais jovem. Apesar da curta existência, e a confiar nas mais recentes sondagens, já pisca o olho e faz cócegas à audiência da frequência jovem da emissora católica portuguesa. Vai daÍ, ofendida e atenta, a RFM decidiu promover uma série de festas ao longo do verão, escudando-se nos êxitos fáceis dos anos 80. Jogou pelo seguro e os bailaricos lá foram acontecendo, quase sempre pela linha de Cascais, o antro do seu sustento. Ontem o processo de angariação de ouvintes culminou no Budha-bar em Lisboa, repleto de mais uma congregação de nostálgicos que nunca deve ter conhecido uma festa de quintal na adolescência.
Curiosamente (ou não), e apesar dos diferentes públicos, a música é exatamente a mesma que se ouve nas festas temáticas do Porto e Bairro Alto, templos habituais do revivalismo urbano. Quer dizer isto dizer, muito simplesmente, que betos e freaks bailam todos ao som do mesmo.
Spooky!
Dos Duran Duran ao “Enola Gay”, do “Karma Chameleon” á Kim Wilde, das Doce á Donna Summer, passando pelos infalíveis "Footloose", "Streets of fire", Abelha Maia e D´Artacão, a aberrante ideia do “cabe lá tudo” só encontra paralelo nas secções temáticas de Dvd´s da Fnac ou num bom filme holandês para maiores de dezoito.
Nem nas docas, nem no bairro ou no Porto parecem ter existido alguma vez uns Spandau Ballet, Classix Noveaux, China Crisis ou até mesmo o bom do "Pátcholi".
A rapaziada que dá música ao povo insiste, preguiçosamente, em passar sempre o mesmo, num alinhamento enfadonho e previsível. Quem curte a coisa, pelos vistos, não se chateia lá muito e vai pulando frenéticamente, de braços no ar, até à exaustão (continua a ser impossivel encontrar uma qualquer festa dos anos 80 que não esteja à pinha).
Pessoal e profissionalmente, já dei para este peditório, o que não invalida que me irrite o bimbalhismo e espírito de carneirada associados a esta praga que teima em não arredar pé da cultura noctívaga (até no Lux já ouvi os Dead or Alive para desemperrar um enguiçado arranque de noite...).
Parece que em Portugal, e ao contrário do que aconteceu lá fora, o filão dos "eighties" não tem prazo de validade. Mas, e ao contrário do que aconteceu lá fora, uma das décadas mais interessantes da história musical (e da cultura Pop) esgota-se aqui ciclicamente em meia dúzia de nomes, vítima da ignorância de uns, pela qual pagam todos aqueles que continuam a acalentar a esperança de, um dia, no rádio ou na discoteca, voltarem a ouvir “o” tema que lhes marcou a adolescência.
Só volto a meter os pés numa festa dos anos 80 se alguém tiver a coragem de passar a Maria Armanda, o “Holiday rap”, uma tema menos óbvio da Sheena Easton ou quando se lembrarem de reabilitar os slows na pista de dança. Ou ainda, num caso extremo, se alguma alma se lembrar que os senhores abaixo existiram.
(estou disposto a pagar, se necessário, para voltar a ouvir este portento - este ou qualquer outro tema do álbúm).
sexta-feira, outubro 12, 2007
Troilaró, oh, troilaró
Este deverá ser número um pouco por todo lado, daqui a uns tempos.
http://www.youtube.com/watch?v=NWt7JlRCVes
Este deveria ser número um, pelo menos, em algum lado.
http://www.youtube.com/watch?v=_VWtHB6C6PY
Não vai.
A vida é injusta.
http://www.youtube.com/watch?v=NWt7JlRCVes
Este deveria ser número um, pelo menos, em algum lado.
http://www.youtube.com/watch?v=_VWtHB6C6PY
Não vai.
A vida é injusta.
... Mudásti !
O Capitão América regressa aos Comics já em Janeiro do ano que vem, exatamente um ano após a sua morte.
Por debaixo do novo uniforme, estará um estranho e não Steve Rogers, que, até ver, continua enterrado.
O capitao, da nova geração, usa agora punhal e pistola.
quinta-feira, outubro 11, 2007
Superstar(s)
Quando se assobia uma canção em "repeat", não é grave. Um magote de gente, confinada ao mesmo espaço, a trauteiar a mesma coisa durante uma manhã, já faz o caso mudar de figura.
No outro extremo, estão os Radiohead, a pandilha de Thom Yorke.
Lancaram na passada segunda feira um novo álbum, "In rainbows" e marimbaram-se, pura e simplesmente, para os aspectos convencionais da promoção: não há fotos novas, entrevistas ou concertos imediatos da banda. Nada, a não ser canções que podem ser adquiridas, não em lojas, mas exclusivamente através do site do grupo, mediante o pagamento de qualquer importância. Isto é, cada um dá o que entender para ter acesso ao disco, via download. Ou seja, cinquenta, dez ou mesmo por zero euros é possível agora comprar oficialmente um álbum sem prejuizo para a banda.
Negócio da China?
O primeiro single do novo álbum de David Fonseca presta-se a isso: é orelhudo q.b., estrategicamente radiofónico, facilmente trauteável e massificável. Mas não só. Mais do que a música, o que importa reter e louvar no regresso do ex-Silence 4 é o trabalho e esforço de promoção levado a cabo pelo artista: ás 11 da manhã de hoje, estava na Sic notícias como convidado da revista de imprensa; á tarde será entrevistado na Radar. Na última semana, passou ainda por quase todas as televisões, rádios, jornais e revistas. Associou ainda a música em toques polifónicos e a cara a telemóveis, tem relatos diários da sua vida em Webisódios difundidos em site próprio, escreve regularmente num blog e tem uma página no mySpace. Correu a cadeia das Fnacs numa promoção cerrada e prepara-se, daqui a umas semanas, para entrar em digressão. Nada pareçe ter falhado nesta campanha concertada e, ainda por cima, apoiada num disco é bom (oiça-se "Kiss me, oh, kiss me" ou a regravação de "Rocket man", de Elton John).
Quer se goste ao não, traduza-se em vendas ou não, há que reconhecer o mérito profissional e o empenho pessoal de David Fonseca.
Há poucos assim.
Quer se goste ao não, traduza-se em vendas ou não, há que reconhecer o mérito profissional e o empenho pessoal de David Fonseca.
Há poucos assim.
Posto isto, é fácil perceber porque é que se assobia em pandilha.
Falta agora que a mesma consiga ultrapassar o assobio e chegar, pelo menos, ao refrão.
Falta agora que a mesma consiga ultrapassar o assobio e chegar, pelo menos, ao refrão.
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No outro extremo, estão os Radiohead, a pandilha de Thom Yorke.
Lancaram na passada segunda feira um novo álbum, "In rainbows" e marimbaram-se, pura e simplesmente, para os aspectos convencionais da promoção: não há fotos novas, entrevistas ou concertos imediatos da banda. Nada, a não ser canções que podem ser adquiridas, não em lojas, mas exclusivamente através do site do grupo, mediante o pagamento de qualquer importância. Isto é, cada um dá o que entender para ter acesso ao disco, via download. Ou seja, cinquenta, dez ou mesmo por zero euros é possível agora comprar oficialmente um álbum sem prejuizo para a banda.
Negócio da China?
Os Radiohead perceberam, tal como o haviam feito Prince e Madonna, que de há anos a esta parte, o lucro provém dos concertos e não da venda de discos. Logo, asseguraram o acesso directo a ele, eliminando, com esta manobra, editoras discográficas, distribuidoras, retalhistas, designers gráficos, promotores e toda uma série de estruturas que funcionam desde sempre e que caiem agora por terra.
O maior número de baixas surgirá nas editoras discográficas, vítimas da sua gula desenfreada e da incapacidade de se reajustarem aos tempos modernos.
O maior número de baixas surgirá nas editoras discográficas, vítimas da sua gula desenfreada e da incapacidade de se reajustarem aos tempos modernos.
Mas há mais problemas: por exemplo, se já se podem comprar canções a custo zero, para que servem o ITunes e afins? E qual é, futuramente, o papel real da venda de música on-line?
Enquanto o efeito bola de neve só agora se comecam a fazer sentir, os Nine Inch Nails e Manu Chao, entre outros, acharam tanta piada á brincadeira que já prometeram seguir o exemplo.
Não deverão ser os únicos... nem os últimos a rir.
DC babies
The light is always green
Se a "Guerra das estrelas" tivesse sido criada inicialmente em BD, muito provavelmente seria assim. E se há um Comic de super-heróis tradicional que vale a pena ler neste momento, é este.
Geof Johns, o escritor-maravilha da DC, consegui a dupla proeza de tornar interessante o enfadonho "Green Lantern" e de criar a maior saga espacial que há memória nos últimos anos. Em "Sinestro corps", temos os bons, os maus, os dois lados da força (a verde e amarelo), deserções mútuas, alianças improváveis e o fôlego em suspenso de livro em livro, mês após mês.
Se a tudo isto (bom argumento e boa arte) se juntarem os dois melhores vilões da história da editora - o passado e o presente aliados sob a forma do Anti-monitor e do novo Prime, temos dinheiro bem gasto, tempo bem passado e uma saga que, tal como as velhinhas, não se esgota á primeira leitura e que dá prazer folhear de tempos a tempos.
2008...and beyond
O filão da banda desenhada adaptada ao cinema parece não ter fim á vista.
Contas feitas, para além dos quatro em cima,estão já em marcha neste momento, entre pré e pós-produção :
Wonder woman, Hulk 2, Capitain America, Ant-man, 30 days of night, The dark kight returns, Watchmen, JLA, Avengers, Green Hornet, Y: the last man, Punisher 2, Wolverine, Magneto, Spiderman 4, Superman 2, Transformers 2, G.I.Joe, Dragon Ball Z, Thor, Thundercats, TinTin e Shazam.
Wonder woman, Hulk 2, Capitain America, Ant-man, 30 days of night, The dark kight returns, Watchmen, JLA, Avengers, Green Hornet, Y: the last man, Punisher 2, Wolverine, Magneto, Spiderman 4, Superman 2, Transformers 2, G.I.Joe, Dragon Ball Z, Thor, Thundercats, TinTin e Shazam.
Haja fome!
Etiquetas: Comics
segunda-feira, outubro 01, 2007
Setembro e as seasons
Tudo quanto é série de televisão regressou este mês aos canais americanos.
Eis o calendário:
17) "Prision Break"(3)
24) "Heroes"(2)
27) "Grey´s Anatomy"(4)
30) "Brothers and sisters"(2)
"Desperate housewifes"(4).
Não há tédio que resista a tanta oferta, mas há que ser paciente e aguardar pela cereja no topo do bolo:
"Batlestar Galactica"(4) e "Lost"(4) estão prometidos apenas para 2008.
Etiquetas: TV